11/12/2010
Destino
É uma noite qualquer de outono, faz calor, mas as folhas do pinheiro de Natal ainda estão molhadas da chuva que à pouco caiu. É sábado a noite e lá fora pessoas comuns esbanjam sorrisos e transbordam uma certa alegria inventada. Eu leio as paginas em branco de um livro sobre nada, procurando qualquer coisa que soe como resposta para perguntas desvairadas que as vezes ouso inventar. Enquanto o manto da noite cai, sou assombrado por lembranças que insistem em rondar meus pensamentos, logo sou tomado por um vazio extremo, que parece não mais ter fim. Quando a ultima lágrima chega ao chão, sou envolto por uma brisa faceira, algo suave, uma sensação rara, que é traga por uma tímida luz que surgiu distante. Tentei chama-la, pega-la e ao menos toca-la, porém algo me estagnou, por mais que eu quisesse aquilo era mais forte que eu. Por um instante tentei entende-la, e foi então que percebi que para entender certas coisas antes é preciso sentir. Fechei os olhos e entreguei-me à ela, adormeci, e acordei num reino de quimeras segurando suas mãos brancas e frias, a dor havia cessado, então tudo fez sentido. Não era as pessoas, as perguntas e nem minha busca por respostas que me afligia, era a impossibilidade de mudar o destino, que fizera viver em morte suas mãos brancas e frias.
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1 comentários:
Vc escreve muito bem... atualize mais vezes.
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