- E aí, enquanto a chuva caía la fora, ele beijava cada pedacinho do seu corpo e vocês faziam sexo incansavelmente, à luz de velas, claro... Foi isso, não foi?
- Claro que não, Juliana.
- Como não, Clara?! Você me disse que foi perfeito! Não entendo...
- Ah, sim, claro. E, obviamente, pra ter uma noite perfeita é preciso se fazer ''sexo incansavelmente', né?!
- Olha, não me entenda mal, mas... Enfim, conte-me então como foi essa sua 'noite perfeita'.
- Sabe, não é que eu não queria fazer sexo. Eu queria! Muito! Sei que ele também queria. Mas ali, naquele momento, era mais que sexo, entende?! Era eu, ele e a chuva la fora. Era o barulhinho do ar condicionado, a cama bagunçada, a meia luz... Era toda a situação que nos levou até ali. Eu não esperava... Quero dizer, a gente nunca acha que pode acontecer algo numa quinta a noite.
- Sei, mas e aí.
- E aí que cada encontro dos nossos lábios era um novo Big Bang. Cada toque de pele, cada suspiro, cada mordidinha na orelha era um acontecimento único. Eu sinto que não poderia ter sido melhor, não poderia ter sido diferente e nem com outra pessoa..
- Nem com o Marcelo?
- Nem com o Brad Pitt!
- Amiga, nunca te vi falar assim! Acho que você esta apaixonada, hein?!
- Acho que... Preciso de sapatos novos!
- Você viu aquele que a Ivete tava usando?
- Lindo, né?!
- Lindíssimo, mas dizem que é de segunda mão!
- Será?!
- Pode apostar. Me empresta o batom?