Dia após dia vou escrevendo num papel de pão os contos da minha vida. Escrevo contos pois não gosto de histórias. Para escrever histórias eu precisaria dividir capítulos e ter um trabalho árduo para fazer com que as coisas tenham um minimo de coerência.... Da pra imaginar?! Eu, escrevendo uma história sobre mim com coerência?! Pois então, nos contos, assim como na minha vida, a coerência é restrita à três páginas e olha lá! Tão curta que mal à percebo, e quando me dou conta já estou vivendo outro lance... Inconstante, frustrante... Mas, pensando bem... Foram essas tais inconstâncias que fizeram constar nos meus contos as histórias mais desvairadas que vivi.
Alguns contos esbocei, outros escrevinhei, a maioria não terminei, uns tentei apagar, mas... Ops, escrevi de caneta, e não posso me enganar, corretivo só iria esconder o que um dia eu me envergonhei de fazer...! E tem conto de tudo! Tem de quando caí, de quando ri, de quando quase morri, de quando chorei, briguei, apanhei, amei... Ah, os contos de amor. Ah, meus contos de amor.... Os mais breves e também os mais profundos. Os meus preferidos!
Acredito que os contos de amor dizem muito sobre uma pessoa. Cada conto uma nova personagem, com novas manias, com novas brigas (porque conto de amor sem briga não é de amor, é de utopia) e com novos desfechos. Desfechos grandes, dramáticos, trágicos, ou nem tanto. Enfim, são dos de amor que eu gosto e são pra escreve-los que vivo. E como vivo!