Não é que eu seja infeliz, só não estou feliz agora. Não se É feliz, se ESTA feliz. Felicidade é um estado de espírito, bem como a tristeza, o ódio, o amor... Nessa brincadeira de ser e estar, sempre acabo me perdendo, me confundindo, me enrolando, me redescobrindo e me convencendo de que estou e nunca sou. Por que não há nada melhor do que estar... Ser é aceitar, se conformar, se condicionar a estar sempre, agora estar... Estar é permutar, se permitir, experimentar!
Ontem eu estava sozinho, mas não era sozinho. E embora eu ainda esteja sozinho hoje, amanhã posso já não ser... E é esse o barato de estar! Não aceito ser, não consigo ser, não me permito ser, mas aceito estar, e estando estarei sempre. De um jeito ou de outro. Talvez eu esteja por muito tempo, talvez por pouco... E embora eu possa estar pra sempre, isso nunca significará que eu sou. Porque tudo que é, é, e o que esta ora esta, ora não esta...
Uns gostam de ser, outros preferem estar... É um direito singular que só cabe à si, jamais aos outros. Você não pode obrigar alguém à estar, só porque não consegue ser, e vice-versa... Nessa brisa de ser e estar, eu vou estando... E enquanto você vai sendo, vou escrevendo e brincando de tentar explicar o que nem eu estendo.
31/05/2011
09/05/2011
Os Becos
Estive vagando pelos becos vazios da minha vida. Era uma madrugada fria de um domingo qualquer.Caminhando sozinho, me deparei com casas velhas, esculhambadas, construções antigas e mal acabadas que abandonei para esquecer. E por um tempo, as esqueci.
Com o tempo, levantei outros alicerces. Vive histórias que julguei melhores. Morei em casa que julguei maiores, Mas, andando por esses becos, percebi que ao esquece-los também me esqueci, pois, querendo ou não, eles faziam parte de mim e, agora, eu também fazia parte deles, afinal eu os construí, neles vivi e eles fui, ao menos até quando me conviu.
Hoje, olho para o que sou e vejo uma cidade em ruinas, um reino derrotado, um governo falido. Olhando aqueles becos sombrios, me dei conta que não havia mais como e nem porque evitar... Fracassos, dores, decepções, vergonhas, humilhações, tudo atacou-me em cheio, não havia exército para me defender, não havia portões para me proteger, não havia anda, apenas um coração sem fé. Tudo ao meu redor se esvaiu e dessa vez só dependia de mim reconstruir as casas ou espera-las cair sobre meu corpo já tão frio.
Com o tempo, levantei outros alicerces. Vive histórias que julguei melhores. Morei em casa que julguei maiores, Mas, andando por esses becos, percebi que ao esquece-los também me esqueci, pois, querendo ou não, eles faziam parte de mim e, agora, eu também fazia parte deles, afinal eu os construí, neles vivi e eles fui, ao menos até quando me conviu.
Hoje, olho para o que sou e vejo uma cidade em ruinas, um reino derrotado, um governo falido. Olhando aqueles becos sombrios, me dei conta que não havia mais como e nem porque evitar... Fracassos, dores, decepções, vergonhas, humilhações, tudo atacou-me em cheio, não havia exército para me defender, não havia portões para me proteger, não havia anda, apenas um coração sem fé. Tudo ao meu redor se esvaiu e dessa vez só dependia de mim reconstruir as casas ou espera-las cair sobre meu corpo já tão frio.
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